Aqui é apresentado o protocolo Coimbra, o tratamento que gerou resultado na evolução da EMAP em alguns dos componentes do nosso grupo.
Mediante a ausência de tratamento com base em medicina de evidência, ou mesmo de pesquisas mais aprofundadas sobre EMAP, pessoas do nosso grupo buscaram medicina alternativa. Ou seja, aquela que não é baseada em pesquisa com uso de larga escala de participantes. Alguém do grupo seguiu o a suspeita de que EMAP é uma doença autoimunitária (popularmente conhecida como autoimune). Desta forma, procedeu o Protocolo Coimbra, que é um tratamento individualizado para conter a desregulação do sistema de defesa imunológico, de forma a cessar a agreção do organismo contra ele próprio.
Esta pessoa, com dois meses de tratamento, relatou em nosso grupo que conseguiu ter uma leve melhora na sua condição de visualização. Antes não conseguia sequer ler a primeira linha no exame oftalmológico, mas voltou a ler até a terceira linha. Baseados neste depoimento, vários componentes de nosso grupo buscou implementar o mesmo protocolo, que conta com pelo menos uma centena de médicos treinados no Brasil para implementá-lo. A maioria foi para a mesma médica que o depoente buscou ajuda.
Abaixo é explicado o que é o Protocolo Coimbra e, sem dar detalhes que eventualmente promovam automedicação, é explicado como é implementado.
O Protocolo Coimbra é o nome dado ao tratamento de doenças autominutárias desenvolvido através de pesquisas do Prof. Dr. Cícero Coimbra, pesquisador e professor da UNIFESP, envolvendo o racional apresentado nos itens abaixo.
Alguns indivíduos possuem resistência à absorção de vitamina D, às vezes relacionadas com fatores genéticos e outras vezes com fatores ambientais (exposição a químicos, tabagismo, estresse...).
A resistência à absorção da vitamina D, que é um importante hormônio para a regulação do sistema de defesa imunológico, pode induzir uma resposta autoimune, levando ao desenvolvimento de doenças autoimunitárias.
O tratamento de doenças autoimunitárias pode ser feito com a administração de altíssimas doses diárias de vitamina D.
A supervisão médica é necessária para esta administração de vitamina D, já que ela ocasiona efeitos colaterais no organismo, como a elevação de absorção de cálcio, com potencial de provocar hipercalcemia (nível muito alto de cálcio no sangue). Isso pode ser muito danoso para a saúde.
O paciente deve seguir uma dieta restritiva para colaborar para a neutralização destes efeitos colaterais, evitando especialmente alimentos ricos em cálcio.
O tratamento também envolve outras vitaminas e suplementos, como a K2, ômega3 e melatonina.
Exames laboratoriais (sangue e urina) e por imagem (ultrassonografia e densitometria óssea) são necessários para a adequada supervisão médica em diferentes momentos ao longo do tratamento.
O tratamento é individualizado, pois cada paciente tem um histórico médico único, seu próprio nível de resistência à absorção de vitamina D, bem como reage diferentemente à administração de altas doses da mesma.
Exames e consultas periódicas são feitos para que o médico acompanhe o paciente, controlando principalmente o nível de cálcio no sangue e na urina. Variáveis de controle, como o paratormônio, são checadas, bem como os sintomas da doença autoimunitária, de modo a nortear a conduta médica, até que a doença seja contida e "estacione".
Várias doenças autoimunitárias já foram tratadas com o Protocolo Coimbra, havendo abundante publicação científica a respeito do protocolo e sua segurança de implementação. Dentre as doenças já tratadas temos a DMRI seca, enquanto EMAP está em processo de tratamento feito por participantes deste grupo de pacientes.
Mais de uma centena de médicos ao redor do Brasil e do mundo já foi capacitada para implementar o Protocolo Coimbra, de forma a fazer a administração segura de altas doses de vitamina D no sentido de neutralizar os efeitos da resistência à absorção de vitamina D em termos de doenças
Abaixo temos a palestra feita por Dra. Karine Koller, oftalmologista da equipe de Dr. Cícero Coimbra, que trata alguns pacientes de nosso grupo.
O uso de vitamida D no tratamento de EMAP pode ser considerado uma aplicação off-label de tal hormônio para tratar a EMAP. E isso apenas tem chance de sucesso caso a EMAP seja uma doença autoimunitária, o que ainda não foi cientificamente comprovado. Portanto, não estamos recomendando a adesão do Protocolo Coimbra a quem quer que seja, apenas estamos relatando fatos relatados por quem aderiu a tal tratamento e que fazem parte de nosso grupo.
Há controvérsias sobre a implementação de tal protocolo Coimbra, especialmente por não ser possível fazer emsaios clínicos com um grande número de pacientes, haja visto sua natureza individualizada de implementação. Isso impede que tal protocolo seja considerado medicina baseada em evidências, muito embora pesquisas anedódicas relatem estagnação ou mesmo melhora do quadro clínico de pacientes que implementam o Protocolo Coimbra como tratamento de doenças autoimunitárias.
Além do mais, implementar o protocolo Colimbra apresenta riscos caso a dieta restritiva não seja rigidamente seguida pelo paciente. Deve-se, por isso e por outros fatores, considerar o risco das consequências causadas pelo alto nível de cálcio no organismo. Consultar e ter o acopanhamento de um endocrinologista é bastante recomendável para quem vai implementar tal protocolo.
Diferentes componentes do grupo têm feito na implementação do Protocolo Coimbra com segurança reforçada:
Quem tem algum problema prévio de saúde, deve consultar primeiro seu médico, antes mesmo de buscar um médico que implemente o protocolo.
Implementar o protocolo acompanhado por um outro médico, de preferência um endocrinologista, para haver dupla supervisão do processo.
Exames de sangue e urina devem ser feitos regularmente (orientado pelo endocrinologista), independente de qualquer sintoma, de modo a acompanhar os níveis de cálcio no organismo de forma preventiva.