O diagnóstico de EMAP não é trivial, haja visto a semelhança de seus sintomas com os de outras doenças da retina, como DMRI seca (Doença Macular Relacionada à Idade). Soma-se a isso o fato da doença ser relativamente nova, o que ocasiona seu desconhecimento por alguns médicos oftalmologistas, até mesmo pelos que são retinólogos.
O diagnóstico da EMAP depende da realização de exames adequados, bem como adequada deve ser a interpretação do oftalmologista. O fato das suas características terem alguma semelhança com as da DMRI pode dificultar o diagnóstico preciso se o oftalmologista não for experiente em diagnosticar EMAP. Além do mais, por ser uma doença relativamente de recente descoberta, não é todo médico que sente segurança para fazer o diagnóstico diferencial entre as duas doenças.
A DMRI apresenta drusas, que são depósitos de proteínas e gorduras que se acumulam sob a retina. É o acúmulo destes depósitos ao longo do tempo que causam o problema de visão na DRMI. Na EMAP ocorre algo semelhante, com "drusas" bem menores (por isso chamadas de pseudodrusas) e secas. A quantidade, formato e caracterização destas (pseudo) drusas fornecem pistas para o diagnóstico diferencial entre DRMI e EMAP. Por isso é tão importante ter acompanhamento de oftalmologista com conhecimento prévio de EMAP.
Portanto, é de grande importância procurar um médico com experiência prévia no diagnóstico de EMAP, e/ou ter uma segunda opinião médica. Isso pode evitar problemas relatados em nosso grupo. Houve casos de diagnóstico equivocado de DRMI, com aplicação de injeções intra vitro (no bulbo do olho) sem qualquer efeito. Também teve caso de diagnóstico de catarata precoce, ineficazmente tratada com cirurgia.
Em nosso grupo, quem foi diagnosticado com EMAP passou por uma bateria de exames: retinografia fluorescente, OCT, campimetría, eletroretinografia, fundoscopia, painel genético, entre outros. Mas cabe aqui apenas citar, pois o oftalmologista especialista em retina, com experiência em diagnóstico de EMAP, certamente saberá o que fazer para tal diagnóstico.
Abaixo vemos um exame de retinografia colorida onde se percebe pontos amarelos na sua área central. Tais pontos são as drusas que causam DMRI, pois são grandes.
O olho permite a entrada de luz (visão) através da pupila, de acordo com o ajuste feito pela íris (verde). Ao entrar no globo ocular, a luz é percebida pela retina (azul), que transmite para o cérebro o que vemos. A mácula (vermelho), onde ocorre a EMAP, é a região central da retina, responsável pela visão de detalhes do que vemos. A região periférica da retina também capta visão, porém sem a definição afinada que a região da mácula capta. Por isso quem tem EMAP não fica completamente cego (na maioria das vezes), porém perde a visão central, captada pela mácula.
Abaixo temos o exame de alguém do nosso grupo. É uma retinografia fluorescente em tons de cinza, onde claramente se vê a mancha ocasionada pelas drusas. No caso da EMAP, tais drusas são secas e bem menores que aquelas que causam DMRI.
Enfim, o tamanho das drusas é importante para diferenciar EMAP de DMRI, tendo EMAP drusas secas e pequenas e DMRI drusas bem maiores, podendo ser úmidas ou também secas. A idade do paciente também deve ser levada em conta, já que ter tais drusas em idade abaixo dos 55 anos pode ser uma forte indicação de EMAP.
Em muitos do nosso grupo, que chegaram a fazer os exames apropriados, as drusas começaram a surgir nos exames ainda na faixa etária de 40-45 anos. Em outros, que apenas buscaram o retinólogo mediante a percepção do problema perceptível de visão, já estavam na faixa dos 50-55 anos. Por isso é importante estar atento(a) aos sintomas, buscando ajuda médica apropriada assim que perceber algo semelhante ao que aqui é relatado.
Enfim, o tamanho das drusas é importante para diferenciar EMAP de DMRI, tendo EMAP drusas secas e pequenas e DMRI drusas bem maiores, podendo ser úmidas ou também secas. A idade do paciente também deve ser levada em conta, já que ter tais drusas em idade abaixo dos 55 anos pode ser uma forte indicação de EMAP.
Em muitos do nosso grupo, que chegaram a fazer os exames apropriados, as drusas começaram a surgir nos exames ainda na faixa etária de 40-45 anos. Em outros, que apenas buscaram o retinólogo mediante a percepção do problema perceptível de visão, já estavam na faixa dos 50-55 anos. Por isso é importante estar atento(a) aos sintomas, buscando ajuda médica apropriada assim que perceber algo semelhante ao que aqui é relatado.