O diagnóstico de EMAP pode trazer grandes desafios pessoais e familiares em torno da pessoa diagnósticada com a enfermidade. Esta página se dedica a trazer alguns esclarecimentos sobre o que o portador de EMAP e sua família precisa saber sobre a importância da psicoterapia e psiquiatria mediante tal diagnóstico.
Receber o diagnóstico de EMAP (Extensa Atrofia Macular das Pseudodrusas) pode ser um momento desafiador — não apenas pelas mudanças visuais, mas também pelos impactos emocionais que essa jornada impõe.
Lidar com uma doença rara e progressiva envolve luto pelas perdas, adaptação à nova rotina, inseguranças em relação ao futuro e, muitas vezes, sentimentos de angústia, ansiedade ou isolamento. Por isso, o acompanhamento psicológico é uma ferramenta essencial nesse processo.
A psicoterapia oferece um espaço de acolhimento, escuta e fortalecimento emocional. Ela ajuda a pessoa a elaborar medos, a construir estratégias de enfrentamento e a desenvolver novos sentidos para viver com mais autonomia e qualidade de vida.
Em alguns casos, também pode ser necessário o acompanhamento psiquiátrico, especialmente quando há sintomas intensos de ansiedade ou depressão que impactam diretamente o dia a dia.
Procurar ajuda profissional não é sinal de fraqueza, mas um gesto de coragem e autocuidado. Cuidar da saúde emocional é tão importante quanto cuidar da saúde visual.
ONG EMAP Brasil mantém parcerias com psicólogos em diversas regiões do país. Caso você tenha interesse em receber apoio psicológico, entre em contato com o nosso grupo.
O psiquiatra é o profissional médico especializado na prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças psicológicas e transtornos mentais. Sua atuação vai muito além da prescrição de medicamentos, envolvendo avaliação clínica detalhada, acompanhamento terapêutico e, muitas vezes, orientação à família do paciente.
Após o diagnóstico da EMAP e mediante o alto impacto psicológico que isso pode trazer para a pessoa, o psiquiatra define o plano de tratamento, que pode incluir a prescrição de medicamentos como antidepressivos, ansiolíticos, ou estabilizadores de humor. Esses fármacos têm o objetivo de equilibrar neurotransmissores cerebrais envolvidos em transtornos ocasionados pelas consequências da EMAP na vida do paciente.
No tratamento da EMAP, o acompanhamento do psiquiatra é importante especialmente em casos de impacto agudo do diagnóstico da doença na vida do paciente. A intervenção medicamentosa propiciada pelo psiquiatra pode fazer o paciente voltar a ter equilíbrio emocional através de efeito químico, porém sem que isso venha a dispensar um acompanhamento de psicoterapia. Assim, há as condições adequadas para que o portador de EMAP mantenha o equilíbrio sem que tenha que depender indefinidamente de tratamentos medicamentosos.
O Que um Familiar de Pessoa com EMAP Precisa Saber
O diagnóstico de EMAP (Extensa Atrofia Macular das Pseudodrusas) não afeta apenas quem recebe a notícia. Ele repercute em toda a dinâmica familiar. Mudanças na rotina, incertezas sobre o futuro e o luto pelas perdas funcionais são vivências compartilhadas — ainda que de maneiras diferentes.
É comum que os familiares assumam posturas de superproteção, tomados pelo medo de que a pessoa com EMAP se machuque ou piore. Outros desenvolvem pensamentos catastróficos, como se a vida da pessoa estivesse “acabando”. Há também quem sinta culpa por não saber como ajudar, ou frustração por não poder impedir o avanço da doença.
Além disso, muitas vezes a pessoa com EMAP tinha um papel importante dentro da casa ou da família — era quem dirigia, organizava, liderava decisões. E ver esse papel se transformar pode gerar um vazio emocional e prático que todos precisam aprender a ressignificar. I
Por outro lado, isso pode se agravar quando a família não percebe as limitações ocasionadas pela EMAP, por vezes insistindo em manter a mesma rotina, como se nada tivesse ocorrido e a EMAP não existisse. Afinal, na fase inicial da doença, os sintomas são discretos, embora bastante impactantes para o paciente. Por isso a necessidade da familia se informar sobre EMAP, conversar com a pessoa atingida, de modo a nem superproteger, tampouco ignorar a doença.
Por isso, a família também precisa de acolhimento e orientação. Informar-se sobre a EMAP, buscar suporte psicológico e dialogar abertamente sobre os sentimentos envolvidos são atitudes que fortalecem o cuidado mútuo. O apoio emocional da rede familiar é fundamental, mas ele deve vir com respeito à autonomia e às escolhas da pessoa diagnosticada.
Pensando nisso, a ONG MAP Brasil promoverá rodas de conversa online exclusivas para familiares, com o objetivo de compartilhar vivências, trocar informações e fortalecer o acolhimento mútuo. Se você é parente de uma pessoa com EMAP, acompanhe a divulgação nas redes sociais das rodas de conversa que acontecerão online.